Antoine Becquerel
(1852 - 1908)
Antoine Henri Becquerel foi um físico francês, filho de Alexandre-Edmond Becquerel. Estudou na Escola politécnica e era considerado um "engenheiro de pontes e calçadas". Ensinou Física na Escola politécnica e no Museu Nacional de História Natural. Continuou os trabalhos dos seus pai e avô, descobrindo em 1896 a radioatividade dos sais de urânio. Esta importante descoberta valeu-lhe a atribuição do Prémio Nobel da Física em 1903, juntamente com o casal Pierre Curie e Marie Curie. Foi membro da Academia das Ciências Francesa.
O seu pai, Alexandre Becquerel estudou a luz e a fosforescência, inventando a fosforoscopia. O seu avô, Antoine César Becquerel, também se destacou no estudo das ciências e foi um dos fundadores da eletroquímica. No ano de 1895, Antoine Becquerel descobriu acidentalmente uma nova propriedade da matéria que, posteriormente, denominou de radioatividade. Ao colocar sais de urânio sobre uma placa fotográfica colocada num local escuro, verificou que a placa enegrecia. Os sais de urânio emitiam uma radiação capaz de atravessar papéis negros e outras substâncias opacas à luz.
Estes raios foram inicialmente denominados de Raios B em sua homenagem. Além disso, realizou pesquisas sobre a fosforescência, espectroscopia e absorção da luz.
Niels Henrik Bohr (1885 - 1962)
Niels Henrik David Bohr, filho de Christian Bohr, e de Ellen Adler, nasceu a 7 de Outubro de 1885 em Copenhaga, Dinamarca. O seu pai, que era professor de fisiologia na Universidade de Copenhaga, desde cedo o incentivou a estudar física e matemática e proporcionou-lhe o acesso à leitura e à cultura.
Um anúncio, da Academia de Ciências de Copenhaga, de um prémio para quem resolvesse um determinado problema científico levou-o a realizar uma investigação teórica e experimental sobre a tensão da superfície provocada pela oscilação de jatos fluídos. Por este trabalho, Bohr foi condecorado pela Academia de Ciências dinamarquesa com uma medalha de ouro.
No Outono de 1911, Bohr mudou-se para Cambridge, onde realizou um importante trabalho sobre a absorção de raios alpha, que viria a ser publicado na "Philosophical Magazine", em 1913.
De regresso à Dinamarca, em 1913, Bohr passou a dedicar-se ao estudo da estrutura do átomo, baseando-se na descoberta do núcleo atómico, realizada por Rutherford. Bohr acreditava que, utilizando a teoria quântica de Planck, seria possível criar um novo modelo atómico, capaz de explicar a forma como os electrons absorvem e emitem energia radiante.
Em 1913, Bohr , estudando o átomo de hidrogénio, conseguiu formular um novo modelo atómico. A teoria de Bohr sobre a constituição do átomo, que foi sucessivamente enriquecida, representou um passo decisivo no conhecimento do átomo. A sua publicação teve uma enorme repercussão no mundo científico e permitiu a Bohr alcançar grande prestígio e reputação.
Pelas suas investigações sobre a estrutura atómica à luz da Mecânica Quântica, ganhou em 1922 o Prémio Nobel da Física.
Em 1933, juntamente com seu aluno Wheeler, Bohr aprofundou a teoria da fissão, evidenciando o papel fundamental do urânio 235. Estes estudos permitiram prever também a existência de um novo elemento, descoberto pouco depois: o plutónio.
A sua luta em defesa da preservação da paz, por ele considerada como condição indispensável para a liberdade de pensamento e de pesquisa, valeu-lhe a atribuição, em 1957, do U.S. Atoms for Peace Award (Prémio Átomos para a Paz).Ganhou esse premio por tentar explicar situação e o perigo que essa bomba poderia representar para a humanidade, dirigindo-se a Churchill e Roosevelt, num apelo (em vão) à sua responsabilidade de chefes de Estado, tentando evitar a construção da bomba atómica. Faleceu a 18 de Novembro de 1962, em Copenhaga, Dinamarca, vítima de uma trombose, aos 77 anos de idade.
MÁQUINAS
Os aviões
A partir deste século, há a introdução de um novo meio de locomoção, o transporte aéreo. O primeiro vôo foi feito pelos irmãos americanos Orville e Wilbur Wright, em 1903; porém, o primeiro vôo devidamente homologado foi realizado pelo brasileiro Alberto Santos Dumont, em 1908. Assim, em seguida, o engenheiro francês Louis Blériot voou, em 1909, de França à Inglaterra — compreendendo 42 quilômetros. Esses primeiros aviões eram de madeira e tecido, com suportes de ferro. Foram aperfeiçoados e substituídos por modelos de metal aerodinâmicos, na década de 1920. Sendo, por um alemão em 1939, desenvolvido o primeiro avião a jato, chamado de He 178. Atualmente, existem jatos — como o Boeing 747 — que pode carregar mais de 400 passageiros e executar uma viagem de mais de 12.000 quilômetros.
A lâmpada elétrica
No século XIX, mais exatamente entre 1878 e 1879, a lâmpada elétrica é desenvolvida. Antes deste século, a iluminação era feita com fogueiras, velas e lamparinas. A precursora da lâmpada elétrica foi a iluminação a gás, que em 1807, fez Pall Mall (em Londres) tornar-se a primeira rua no mundo com esse tipo de iluminação; porém passou a ter segurança somente em 1885 com a invenção da camisa (ou véu) de gás. Segue-se a isso a lâmpada elétrica, inventada ao mesmo tempo pelo inglês Joseph Swan e pelo americano Thomas Alva Edison; os dois inventores juntaram-se mais tarde para comercializar a invenção. A lâmpada construída por eles, constituía-se por um filamento muito fino (de carbono) por onde percorria a corrente elétrica, e produzia uma iluminação branca e muito brilhante, sendo que tudo isso envolvido por um bulbo de vidro.